domingo, 27 de junho de 2010

Junho é o mês dos santos populares de Lisboa...

Última semana,
Durante 30 dias as sardinhas arderam no braseiro embaixo da minha janela...e o fumo entrou pela minha casa a dentro....os caracóis enfeitavam o centro das mesas antes das refeições, regados a jarros de sangria de vinhozinho barato...
Sardinha assada, bailes pelas ruas, manjericos e versos populares e as marchas dos bairros antigos desfilam pelas ruas e avenidas: assim é a tradição portuguesa no mês de Junho.





Nesse mês queremos ouvir música "pimba",  sardinhas só prestam nessa época (pra quem gosta, não é meu caso), no restante do ano os apreciadores dizem que as sardinhas parecem palhas...o chouriço, a morcela, as farturas (um tipo de churros gigante e sem recheio). Ja sinto falta dessa mistura dos cheiros e sabores, ja sinto falta dos gritos da Mila ou da Dona Glória pra eu fechar as janelas ou tirar a roupa do varal (sim...as roupas são estendidas para a rua, enfim...é Lisboa) quando vão acender a churrasqueira... 
As bandeirinhas coloridas e fitas do arraial penduradas em todas as ruas do bairro, presas em nossas varandas, simplesmente lindo!!! a música "pimba" tradicionalmente portuguesa tocou não tantas vezes como era esperado, a tradição, a cultura, vão se perdendo a cada ano que se passa. Tomaram mais espaço nos palcos da Bica, mais precisamente no Largo de Santo Antoninho todas as músicas possíveis, mas raramente a música "pimba".





Depois disso minha rua volta ao "normal"..silêncio o resto do ano...
Cafezinho da esquina onde todo bairro se reúne pra falar da vida alheia...as velhotas voltam a descer seus cestos por corda e o sr Fernando da mercearia lhes coloca as compras e os trocos...puxa cordinha pra cima...mais um café cheio sr Fernando e um cigarro...português azul...
As mãos nas ancas...as conversas em voz exageradamente alta.....
E eu volto a varanda, bairrista por osmose a falar com as velhotas de janela para janela....ui...isso pega!!!





quinta-feira, 17 de junho de 2010

O Início, o Fim e o Meio....

Tenho tantas coisas para escrever que por vezes perco me... tantas palavras, histórias e acontecimentos diários...
Não sou escritora nem tenho a pretensão de ser. Escrevo tudo que me vem a cabeça, tudo que me vem da alma... depende do dia, da semana, do meu estado de espiríto....